No mês anterior, a Petrobras optou por não distribuir os dividendos extraordinários de R$ 43,9 bilhões aos acionistas, mantendo o valor em uma conta de reserva. Estes recursos poderão ser destinados a futuros investimentos da empresa.
Os dividendos representam a parte do lucro que uma empresa repassa aos acionistas, e em março, a Petrobras distribuiu apenas o montante mínimo estabelecido na Lei das Sociedades Anônimas, de R$ 14,2 bilhões, após divulgar um lucro de R$ 124,6 bilhões em 2023.
Haddad afirmou que o governo aguarda uma avaliação da Petrobras para saber se a empresa terá condições de financiar seu plano de investimentos futuros com os recursos disponíveis ou se será necessário utilizar parte ou a totalidade dos dividendos retidos. O ministro ressaltou que a diretoria da Petrobras irá analisar as informações disponíveis.
Em relação ao Nordeste, Haddad se reuniu com governadores da região, os quais solicitaram auxílio para quitar dívidas com bancos públicos. O ministro mencionou que a dívida dos estados nordestinos é proporcionalmente menor se comparada com os débitos dos estados do Sul e do Sudeste. Ele destacou que a questão será discutida internamente no Ministério da Fazenda e apresentada ao presidente Lula.
Além disso, Haddad abordou a desoneração da folha de pagamento de pequenos municípios, indicando que o tema será retomado na próxima semana. O ministro pediu um pacto entre os Poderes após uma decisão que afetará as contas federais e complicará o cumprimento da meta de zerar o déficit primário neste ano.
Em meio a essas discussões, o governo aguarda as informações da Petrobras e segue em diálogo com os diferentes setores para garantir a sustentabilidade financeira e o desenvolvimento econômico do país.