Governo aguarda posição da Petrobras sobre dividendos extraordinários para definir atuação no Conselho de Administração da estatal

O governo aguarda informações da Petrobras para definir sua posição no Conselho de Administração da estatal em relação à distribuição de dividendos extraordinários. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou que se reuniu com os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e de Minas e Energia, Alexandre Silveira, para discutir o assunto.

No mês anterior, a Petrobras optou por não distribuir os dividendos extraordinários de R$ 43,9 bilhões aos acionistas, mantendo o valor em uma conta de reserva. Estes recursos poderão ser destinados a futuros investimentos da empresa.

Os dividendos representam a parte do lucro que uma empresa repassa aos acionistas, e em março, a Petrobras distribuiu apenas o montante mínimo estabelecido na Lei das Sociedades Anônimas, de R$ 14,2 bilhões, após divulgar um lucro de R$ 124,6 bilhões em 2023.

Haddad afirmou que o governo aguarda uma avaliação da Petrobras para saber se a empresa terá condições de financiar seu plano de investimentos futuros com os recursos disponíveis ou se será necessário utilizar parte ou a totalidade dos dividendos retidos. O ministro ressaltou que a diretoria da Petrobras irá analisar as informações disponíveis.

Em relação ao Nordeste, Haddad se reuniu com governadores da região, os quais solicitaram auxílio para quitar dívidas com bancos públicos. O ministro mencionou que a dívida dos estados nordestinos é proporcionalmente menor se comparada com os débitos dos estados do Sul e do Sudeste. Ele destacou que a questão será discutida internamente no Ministério da Fazenda e apresentada ao presidente Lula.

Além disso, Haddad abordou a desoneração da folha de pagamento de pequenos municípios, indicando que o tema será retomado na próxima semana. O ministro pediu um pacto entre os Poderes após uma decisão que afetará as contas federais e complicará o cumprimento da meta de zerar o déficit primário neste ano.

Em meio a essas discussões, o governo aguarda as informações da Petrobras e segue em diálogo com os diferentes setores para garantir a sustentabilidade financeira e o desenvolvimento econômico do país.

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