Repórter São Paulo – SP – Brasil

Jovem autista cria perfil nas redes sociais para promover conscientização e inclusão no Dia Mundial de Conscientização do Autismo.

A influenciadora digital Caroline de Souza, de 30 anos, tem conquistado espaço e visibilidade nas redes sociais ao compartilhar sua experiência como uma pessoa autista de nível 2 de suporte e com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Através de vídeos onde aparece balançando-se de um lado para o outro ou na rede, sempre com um objeto de apoio nas mãos, Caroline utiliza um aplicativo de comunicação aumentativa e alternativa (CAA) para expressar pensamentos mais longos e complexos.

Aos 13 anos de idade, Caroline começou a se comunicar de forma funcional e, somente aos 23 anos, recebeu o diagnóstico de autismo. Desde então, ela se formou em pedagogia e criou um perfil nas redes sociais que se tornou referência para quem deseja compreender o autismo, especialmente o de maior grau de suporte, sob a perspectiva de alguém que vive essa realidade.

Em suas publicações, Caroline aborda diversos temas, desde os desafios enfrentados por pessoas autistas até a importância de políticas públicas voltadas para esse público. Ela destaca a necessidade de mais suporte e de uma maior compreensão da sociedade em relação às particularidades e necessidades dos autistas.

Para Caroline, ser autista é ter um cérebro diferente, o que faz com que a forma de sentir, compreender e se relacionar com o mundo seja única. Ela ressalta a importância do apoio para a realização de tarefas do dia a dia e destaca que muitas ações que podem parecer estranhas para os neurotípicos têm uma função importante para os autistas.

A jovem também fala sobre suas experiências passadas, quando ainda não conseguia se comunicar verbalmente ou através do CAA, e a frustração causada por essa limitação. Além disso, ela compartilha sobre suas crises, descrevendo a sensação de descontrole e a importância da contenção nesses momentos.

Caroline ressalta a necessidade de uma maior inclusão e compreensão por parte da sociedade, afirmando que é um direito dos autistas viverem de forma digna e plenamente integrada à sociedade. Ela destaca a importância de enxergar os autistas como seres humanos únicos, com suas limitações e habilidades, e de proporcionar o suporte necessário para que todos possam viver bem e se sentir incluídos.

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