Seis anos depois, o desfecho desse terrível caso revela uma rede complexa de corrupção e crime organizado enraizada nos sistemas políticos e de segurança pública do Estado do Rio de Janeiro. A investigação apontou para a influência de grupos paramilitares, como as milícias, em uma trama que expõe as entranhas da violência e da corrupção no poder público.
Hoje, a situação se mostra ainda mais grave, com o crime organizado fortalecido e infiltrado em diversas estruturas estatais. Após anos de um governo de extrema direita que enfraqueceu as instituições e alimentou a violência, os reflexos desse cenário são evidentes na segurança pública em todo o país.
Em meio aos gritos pedindo o fim da Polícia Militar durante o protesto em 2018, fica claro que não há solução fácil para os problemas de segurança pública no Brasil. Para enfrentar a ineficiência e a corrupção no sistema, é necessário um esforço conjunto que vá além da modernização das polícias e da reforma do sistema penitenciário.
É urgente envolver órgãos do Estado responsáveis pela prevenção da violência, fortalecer o Ministério Público na fiscalização das polícias e adotar políticas eficientes de investigação e combate ao crime organizado. A sociedade brasileira precisa se apropriar dessas soluções e confrontar a forma como protege seus cidadãos.
A implementação de uma política de segurança pública de longo prazo, aliada ao combate ao medo e à desinformação, é fundamental para construir um Estado democrático e seguro. Não há atalhos, apenas a necessidade de implementar medidas comprovadas e garantir sua continuidade.
O desfecho do caso Marielle Franco nos coloca diante de uma encruzilhada: ou enfrentamos o crime organizado e a violência de frente, ou aceitamos viver em um Estado criminoso. A decisão está em nossas mãos. É hora de agir e de garantir que a justiça prevaleça em nosso país.