Intervenção do Banco Central frente ao dólar tem pouco impacto e bolsa de valores fecha em alta, em meio a cenário externo desafiador.

Na terça-feira, o Banco Central realizou sua primeira intervenção no mercado cambial em mais de um ano, por meio de um leilão de swap cambial de US$ 1 bilhão. Essa ação teve como objetivo controlar a demanda por dólares e garantir a estabilidade da moeda norte-americana diante de vencimentos de títulos cambiais do Tesouro Nacional.

Apesar da tentativa do BC, o efeito no preço do dólar foi limitado. A moeda norte-americana chegou a cair no início do dia, chegando a ser negociada a R$ 5,03, mas recuperou força ao longo da tarde e fechou estável em R$ 5,058. Os investidores, avaliando a intervenção do BC, mantiveram a cautela em relação ao cenário econômico e mantiveram a projeção de aumento na demanda pela moeda norte-americana.

Além disso, a valorização do dólar não é um fenômeno isolado no mercado brasileiro. Fatores externos, como indicadores econômicos dos Estados Unidos, têm influenciado a cotação da moeda. Recentemente, dados de aquecimento na economia norte-americana têm adiado as expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve, levando os investidores a buscar ativos mais seguros, como os títulos do Tesouro dos EUA.

No mercado de ações, a bolsa de valores fechou em alta, com o índice Ibovespa atingindo os 127.548 pontos, um aumento de 0,44%. Este resultado foi impulsionado principalmente pelas ações de petroleiras e mineradoras, que se beneficiaram da valorização das commodities no mercado internacional.

Apesar da instabilidade vista no mercado cambial, os investidores mantêm a expectativa de crescimento da demanda por dólares ao longo do mês. Acompanhando os desdobramentos econômicos internos e externos, o mercado financeiro segue atento às movimentações do Banco Central e às projeções econômicas globais para traçar seu panorama de investimentos nos próximos dias.

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