Cheia no Rio Amazonas em 2024 será menos intensa e dentro da normalidade, prevê Serviço Geológico Brasileiro

O Serviço Geológico Brasileiro (SGB) divulgou nesta terça-feira (2) estimativas animadoras em relação à cheia no Rio Amazonas para este ano. Após a seca severa que assolou a região, as previsões apontam para uma cheia dentro da normalidade e com menor volume de chuvas.

Segundo o SGB, as previsões foram apresentadas com uma antecedência de 75 dias para o pico da cheia e têm uma confiabilidade de 80%. A diretora de Hidrologia e Gestão Territorial do SGB, Alice Castilho, destacou que no ano passado a região amazônica sofreu com uma seca severa, trazendo prejuízos para a navegação, setor produtivo e a vida aquática.

O Sistema de Alerta Hidrológico do Amazonas, realizado desde 1989 pelo SGB, anunciou as previsões para as cotas máximas dos rios Negro, Solimões e Amazonas em 2024, além de projeções climatológicas para a região. As informações antecipadas são fundamentais para que estados e municípios possam se preparar adequadamente e proteger suas populações, principalmente aquelas que vivem às margens dos rios.

Marcelo Mota, superintendente da unidade de Manaus do SGB, ressaltou que os dados fornecidos ajudam órgãos como a Defesa Civil a estimar o volume de trabalhos e recursos necessários para lidar com as cheias. As previsões da pesquisadora de Geociências do SGB, Jussara Cury, indicam que a cheia deste ano não será de grande magnitude, com o pico previsto para junho.

Para Manaus, a previsão é que o Rio Negro atinja aproximadamente 27,21 metros, ficando acima da cota de alerta, mas abaixo da cota de inundação. Já para Manacapuru, a previsão é que o Rio Solimões atinja 18,31 metros, um pouco acima da cota de inundação. Em Itacoatiara, a situação está abaixo da normalidade, com a cota prevista em 13,06 metros.

Os fatores culpados pela escassez hídrica na região no ano passado foram o fenômeno do El Niño e o aquecimento nas temperaturas do Oceano Atlântico Norte. Para o futuro, há a expectativa de que o El Niño diminua e dê lugar ao La Niña, que potencializa as chuvas e favorece a região amazônica. Os meteorologistas do Centro Gestor Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) indicam que a metade sul da região terá chuvas abaixo da normalidade, enquanto a faixa central estará dentro da média e a Amazônia Oriental poderá ter chuvas acima da média. A expectativa é que no trimestre de junho, julho e agosto, a região amazônica receba mais precipitações.

Dessa forma, as previsões do Serviço Geológico Brasileiro trazem um alívio para a região amazônica, indicando uma cheia dentro da normalidade e menor volume de chuvas em 2024. Espera-se que as autoridades locais utilizem essas informações para se preparar e proteger a população das possíveis consequências das cheias.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo