Repórter São Paulo – SP – Brasil

SÃO PAULO – Campanha global Abril Azul combate preconceito e promove inclusão de autistas, segundo a ONU e OMS, em busca de visibilidade para TEA.

A campanha Abril Azul, criada pela ONU (Organização das Nações Unidas), tem como principal objetivo combater o preconceito e promover a inclusão das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), estima-se que existam cerca de 70 milhões de autistas no mundo.

O neurologista Vinícius Lopes Braga, da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo, tem recebido relatos de famílias de autistas que enfrentam preconceito devido ao desconhecimento da sociedade. O autismo não apresenta uma característica física óbvia que permita sua identificação, o que muitas vezes leva a situações constrangedoras e mal-entendidos.

Para evitar incidentes desse tipo, algumas famílias chegam a criar pulseiras e cordões de identificação para os pacientes com TEA. O diagnóstico precoce é essencial para o sucesso do tratamento, uma vez que a neuroplasticidade do cérebro é maior em idades mais jovens, facilitando a evolução e adaptação das crianças autistas.

Os principais sinais do TEA estão relacionados a alterações na comunicação social, padrões repetitivos de comportamento e restrições sensitivas. O Dr. Vinícius destaca a importância de buscar orientação profissional ao identificar esses sintomas, já que um sinal isolado não é suficiente para diagnosticar o autismo.

Os níveis de autismo não são determinados pela gravidade, mas sim pela necessidade de suporte do paciente para interagir na sociedade. O tratamento para o TEA é multidisciplinar e varia de acordo com as necessidades individuais de cada paciente, podendo incluir terapias como fonoaudiologia, fisioterapia, psicomotricidade, entre outras.

É importante ressaltar que o aumento no número de casos de autismo também se deve à diminuição do preconceito e à maior informação disponível. Os autistas podem apresentar altas habilidades em áreas específicas, mas é fundamental compreender que cada pessoa com TEA é única e possui suas próprias limitações e potenciais.

O tratamento para o autismo visa sempre alcançar o máximo potencial de cada indivíduo, com a colaboração da família, dos terapeutas e da sociedade. A conscientização e a busca por uma maior compreensão sobre o TEA são essenciais para a inclusão e o respeito às pessoas autistas em nossa sociedade.

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