Projeto de lei de Derrite pode mandar imediatamente para a reserva 40% dos coronéis da Polícia Militar de SP.

O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, está elaborando um projeto de lei que pode resultar na aposentadoria compulsória de cerca de 40% dos coronéis da Polícia Militar do estado. Se aprovado, a medida afetaria 25 dos 63 coronéis existentes, em uma tentativa de regular a situação da corporação e evitar uma resistência ao avanço da politização nos principais postos da instituição.

De acordo com informações obtidas com exclusividade pela imprensa, o projeto de lei assinado pelo secretário Derrite já foi encaminhado ao governador Tarcísio de Freitas para eventual apresentação à Assembleia Legislativa. O documento, que tem como objetivo promover mudanças no regime de aposentadoria compulsória dos coronéis, tem gerado polêmica entre membros da Polícia Militar e especialistas em segurança pública.

A proposta, que ainda está em fase de avaliação e pode sofrer alterações, tem como objetivo adequar a legislação estadual às normas federais estabelecidas pela Lei federal 13.954/19. A ideia é modernizar o fluxo de carreira na Polícia Militar paulista e garantir a renovação dos quadros.

No entanto, a proposta tem sido alvo de críticas por parte de alguns militares e especialistas em direito administrativo, que a consideram arbitrária e desnecessária. Para o advogado Marco Antônio Innocenti, a proposta pode ir contra entendimentos do Supremo Tribunal Federal (STF) que vedam aspectos discricionários para ingresso e permanência na carreira militar.

A discussão em torno do projeto e das possíveis mudanças no fluxo de carreira na Polícia Militar de São Paulo continuam em andamento, com a Secretaria da Segurança Pública estudando todas as adaptações necessárias para atender a legislação federal. No entanto, não há uma definição final sobre o tema e eventuais mudanças ainda estão em fase de estudo.

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