Mercado futuro de juros abre a semana próximo da estabilidade, mas com leve alta influenciada por Treasuries nos EUA.

Os juros negociados no mercado futuro abriram a segunda-feira próximos da estabilidade, mas passaram a registrar uma leve alta ao longo da manhã, principalmente nos trechos intermediário e longo da curva. Esse movimento coincide com uma deterioração do mercado de Treasuries nos Estados Unidos, com as taxas das T-Notes renovando máximas em todos os vencimentos. A repercussão desse aumento das taxas norte-americanas também refletiu no dólar, que opera acima dos R$ 5,03.

A semana que marca o início do segundo trimestre do ano promete ser movimentada, com uma agenda cheia de eventos que devem manter os investidores atentos aos sinais de inflação tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Nos últimos dias, as taxas no mercado futuro de juros registraram movimentações contidas, mas o saldo final do mês e do primeiro trimestre foi de inclinação da curva, refletindo uma postura cautelosa diante das políticas monetárias dos dois países.

Nesta segunda-feira, os investidores também observaram uma leve inclinação na curva de juros americana, com uma alta mais acentuada nas taxas dos títulos de 10 e 30 anos. Na agenda dos Estados Unidos, o destaque do dia ficou por conta do dado final do índice dos gerentes de compras (PMI) de março. Enquanto isso, o dólar oscilou em alta em relação à maioria das moedas pelo mundo, com os mercados europeus ainda fechados devido ao feriado de Páscoa.

Na sexta-feira, quando os mercados brasileiro e americano estavam fechados, foi divulgado o resultado do índice PCE de inflação nos EUA, que veio conforme o esperado e não gerou grandes surpresas entre os analistas. Além disso, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, manteve um discurso cauteloso em relação ao início do corte de juros. Nos próximos dias, os destaques devem ser os dados de empregos nos EUA, com o relatório da ADP e o aguardado “payroll” na sexta-feira.

No Brasil, a agenda desta segunda-feira é mais escassa, com destaque para o resultado do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), que apresentou uma desaceleração para 0,10% no fechamento de março de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com esse resultado, o índice acumula uma alta de 2,93% em 12 meses, ficando no limite inferior das estimativas do Projeções Broadcast.

Por volta das 10h13, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2025 estava com uma taxa de 9,915%, um leve aumento em relação ao ajuste anterior. Já o DI para janeiro de 2026 projetava 9,930%, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2027 estava em 10,20%, atingindo a máxima do dia. Para o DI com vencimento em janeiro de 2029, a taxa era de 10,71%, também alcançando o pico do dia.

Dessa forma, o mercado segue atento às movimentações dos juros e do dólar, aguardando os próximos eventos que podem impactar a economia internacional e nacional. A volatilidade e a cautela devem continuar guiando as decisões dos investidores, em um cenário de incertezas e oscilações nos mercados globais.

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