Segundo Silveira, a retenção dos dividendos extraordinários foi uma medida tomada para garantir a destinação correta desses recursos, evitando que a Petrobras focasse exclusivamente em lucros exorbitantes para os acionistas. Ele ressaltou a importância de compatibilizar o crescimento econômico com a geração de empregos e o cuidado com a população mais vulnerável.
A decisão da Petrobras de reter os dividendos extraordinários gerou uma forte reação no mercado, levando a empresa a perder R$ 56 bilhões em valor de mercado em um único dia. O presidente da estatal, Jean Paul Prates, reforçou, em suas redes sociais, que a medida foi orientada pelo presidente da República e seus auxiliares diretos, afastando as acusações de intervenção na empresa.
Prates explicou que os dividendos extras foram retidos como uma forma de adiamento e reserva, garantindo que esses recursos seriam destinados futuramente ao pagamento dos acionistas. Ele destacou que a empresa permanece comprometida com o cumprimento de seus compromissos e que a decisão do Conselho de Administração foi tomada de acordo com as diretrizes do governo.
A polêmica em torno da retenção dos dividendos extraordinários da Petrobras evidencia as tensões entre o governo e a empresa, bem como a sensibilidade do mercado em relação a possíveis interferências políticas na gestão das estatais. A questão permanece em destaque, suscitando debates sobre a transparência e a autonomia das empresas estatais no atual cenário político e econômico do país.