As aventuras da primeira mulher brasileira a conduzir uma embarcação na Antártida entre icebergs e pinguins

A capitão-tenente da Marinha, Sabrina Fernandes, tornou-se a primeira mulher brasileira a comandar uma embarcação na Antártida. Aos 34 anos, ela descreve sua rotina como uma conquista incrível, repleta de desafios e novas experiências a bordo do navio de apoio oceanográfico Ary Rongel.

Navegar entre icebergs e conduzir o navio em condições adversas, enquanto coordena uma equipe de 14 militares, faz parte das atribuições de Sabrina durante a sua missão na Operantar. A tripulação, composta por 80 integrantes, tem como objetivo prestar apoio logístico à Estação Antártica Comandante Ferraz, do Brasil.

Sabrina destaca a importância do planejamento minucioso para garantir a presença do Brasil no continente gelado, por meio do Programa Antártico Brasileiro. Após um período de qualificação, ela se viu preparada para o desafio de comandar uma embarcação em um lugar distante e extremo como a Antártida.

Antes de embarcar, a militar passou por treinamentos em simuladores da Marinha e teve a oportunidade de se adaptar à vida a bordo do Navio Ary Rongel. Mesmo diante das adversidades, Sabrina afirma que a experiência de conhecer a Antártida foi “inenarrável” e extremamente recompensadora.

Apesar das conquistas individuais, a questão da igualdade de gênero ainda é um tema relevante na Marinha. No entanto, a instituição tem se esforçado para aumentar a presença feminina em seus quadros, buscando elevar o número de mulheres para 27% até 2030. Sabrina reconhece o progresso nesse sentido e acredita que pioneirismos como o seu abrem portas para uma sociedade mais justa e igualitária.

A busca por estabilidade e a identificação com os valores da instituição foram motores para a entrada de Sabrina na Marinha, por meio de concurso público. A militar destaca a importância de servir à sociedade e de agregar valor à vida dos outros, encontrando propósito e significado em seu trabalho.

Apesar dos desafios da expedição, como a distância da família e amigos, Sabrina encara a missão na Antártida como uma oportunidade de contribuir de forma nobre para o Programa Antártico Brasileiro. Ela espera que sua história inspire e motive outras mulheres a trilharem caminhos semelhantes, rumo a uma maior igualdade de gênero na Marinha e na sociedade como um todo.

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