Apenas 2 empresas de ônibus elétricos em SP usam energia 100% limpa; entenda por que outras não aderem

A eletrificação do transporte público na cidade de São Paulo tem se destacado nos últimos anos, com a implementação de ônibus elétricos por diversas empresas. No entanto, um levantamento mostrou que apenas 2 das 7 empresas que operam com ônibus elétricos na cidade confirmam utilizar alternativas de energia 100% limpa ou renovável para recarregar as baterias de seus veículos.

A Transwolff, uma das empresas que se destacam nesse cenário, afirma comprar energia de fonte eólica por meio do mercado livre, onde consumidores de média e alta tensão negociam diretamente com comercializadoras o preço e o tipo da eletricidade. Com 78 veículos elétricos em sua frota, a Transwolff representa 66% da frota elétrica em operação na cidade.

Outra empresa que segue esse caminho é a MobiBrasil, que também recorre ao mercado livre para a compra de energia renovável, sendo a maior parte proveniente de fontes solares. Das empresas questionadas, três afirmaram utilizar energia de origem convencional e não têm planos de mudar para outras fontes no momento.

No caso do transporte sobre trilhos, empresas como ViaMobilidade e ViaQuatro garantem que 95% da energia utilizada para alimentar trens e estações vem de fontes renováveis. O Metrô e a CPTM também recorrem ao mercado livre de energia, seguindo regulações da CCEE para garantir preços melhores.

Apesar dos avanços na eletrificação do transporte público, a cidade ainda enfrenta desafios em relação à infraestrutura necessária para carregar os veículos e garantir que a frota elétrica se expanda. A disputa entre a prefeitura, as empresas de transporte e a Enel tem dificultado a implementação desse tipo de transporte mais sustentável.

O processo de eletrificação do transporte público em São Paulo demanda não apenas a adoção de energias limpas, mas também investimentos em infraestrutura, como subestações e modernização da rede elétrica. A gestão de Ricardo Nunes estabeleceu a meta de substituir 20% da frota de ônibus da cidade por modelos movidos a energia limpa até o final de 2024, mas a implementação ainda está longe de ser concluída.

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