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Beatriz Nascimento: A História da Historiadora Pioneira nos Estudos das Comunidades Quilombolas do Brasil

Beatriz Nascimento é reconhecida como uma das intelectuais mais importantes do Brasil, sendo pioneira nos estudos sobre as comunidades quilombolas no país. No ano passado, seu nome foi incluído no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, por meio de uma lei sancionada pelo presidente Lula (PT).

Filha de Beatriz, Bethania Nascimento, que é bailarina e reside em Nova York, ressalta a importância do legado deixado pela historiadora. Segundo Bethania, ao ler as obras de Beatriz com profundidade, é possível obter instrumentos de pensamento que contribuem para a proteção e emancipação.

Beatriz Nascimento foi agraciada com o título de doutora honoris causa pela UFRJ e UFF em 2021 e 2022, respectivamente. Seu trabalho como intelectual foi marcado pela pesquisa dedicada à história dos negros no Brasil, a partir do olhar dos próprios negros, indo além da simples representação como escravizados.

A descoberta de um livro sobre Zumbi dos Palmares na casa de sua avó paterna foi um marco na vida de Beatriz, que a motivou a estudar sobre os quilombos e a luta negra no país. Segundo Bethania, a historiadora passou a enxergar o significado dos quilombos como continuação da África no Brasil, uma estratégia política e de sociedade.

Beatriz Nascimento também defendia que a favela no Rio de Janeiro é um quilombo, representando uma tradição de vida do negro no país. Sua visão ampla sobre a diáspora africana resultou em obras como o documentário “Ôrí”, onde afirmou: “Eu sou Atlântica”, destacando a transformação da identidade negra após a travessia no Atlântico.

Bethania ressaltou que Beatriz buscava mostrar como a cultura quilombola está presente em variados aspectos da vida dos negros, como na capoeira, religiões de matrizes africanas e nas comunidades. O legado deixado por Beatriz Nascimento continua a inspirar e ampliar o entendimento sobre a história e luta dos negros no Brasil.

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