Mesmo com esse crescimento, a pesquisadora do IBGE, Adriana Beringuy, destaca que a estabilidade tem sido constante, apesar dos sucessivos aumentos na população com carteira assinada. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, houve um crescimento de 3,2%, o que representa um acréscimo de 1,2 milhão de trabalhadores no setor privado.
É importante ressaltar que esses números não incluem os trabalhadores domésticos que possuem carteira assinada, os quais mantiveram-se estáveis em 5,9 milhões. Da mesma forma, os trabalhadores por conta própria (25,4 milhões) e os empregadores (4,2 milhões) não apresentaram variações significativas.
Por outro lado, os empregados sem carteira no setor privado somaram 13,3 milhões, mantendo-se estáveis na comparação trimestral. Contudo, houve um aumento de 2,6% em relação ao ano anterior, equivalente a 331 mil pessoas a mais nessa condição.
No que diz respeito à informalidade, o número de trabalhadores informais ficou em 38,8 milhões, apresentando uma queda em relação ao trimestre anterior, mas ainda acima dos dados de fevereiro de 2023. A população ocupada permaneceu estável, embora tenha havido uma diminuição de 258 mil indivíduos.
A taxa de desemprego atingiu 7,8% em fevereiro, um aumento de 0,3 ponto percentual em relação ao trimestre anterior. Esse crescimento é comum no início do ano, devido à sazonalidade das contratações. No entanto, em comparação com o ano anterior, a taxa de desemprego apresentou uma queda de 0,8 ponto percentual.
Além disso, a pesquisa revela que a massa de rendimento real habitual atingiu um novo recorde, com um rendimento médio de R$ 3.110, representando um crescimento de 1,1% no trimestre e 4,3% no ano. A subutilização no mercado de trabalho também apresentou uma redução em relação ao ano anterior, refletindo uma melhora nas condições de trabalho no Brasil.