Durante seu discurso em São Paulo, Macron criticou o acordo entre União Europeia e Mercosul, classificando-o como “muito ruim”. Ele sugeriu a negociação de um novo acordo que considere questões como desenvolvimento, clima e biodiversidade. Essa postura reforça a resistência da França em relação ao tratado, principalmente devido aos receios do setor agrícola francês em enfrentar a concorrência de produtos sul-americanos mais baratos.
Além dos aspectos comerciais, Macron destacou a importância da segurança internacional e da soberania dos países. Em parceria com o Brasil, a França tem desenvolvido tecnologia de defesa, como a construção dos submarinos do Prosub. O presidente francês enfatizou a necessidade de uma atuação mais forte e independente da União Europeia, visando não se submeter a outras potências globais.
A transferência de tecnologia para a construção dos submarinos convencionais do Prosub foi bem-sucedida, porém, a França se mostrou cautelosa em cooperar no desenvolvimento do propulsor nuclear do quinto submarino. Essa questão ainda é objeto de discussão entre os dois países, com o Brasil buscando maior colaboração tecnológica da França.
Em resumo, a visita de Macron ao Brasil reforçou a parceria estratégica entre os dois países, tanto no âmbito militar quanto comercial. A construção do submarino Tonelero simboliza a cooperação bem-sucedida entre Brasil e França, proporcionando avanços significativos na indústria de defesa brasileira. O diálogo entre os presidentes abriu espaço para discussões futuras e possíveis novas parcerias entre as nações.
