Repórter São Paulo – SP – Brasil

SÃO PAULO – Frente Parlamentar discute utilização de câmeras de monitoramento nas escolas da capital paulista para controle social e racismo tecnológico.

Na noite desta quarta-feira (27/3), a Frente Parlamentar contra Tecnologias Racistas se reuniu para discutir a utilização de equipamentos tecnológicos na educação em São Paulo. O foco do debate foi o controle social através de câmeras de monitoramento dentro das unidades escolares.

O terceiro encontro da Frente Parlamentar aconteceu na sede da Uneafro Brasil, localizada na região central da cidade. A vereadora Elaine do Quilombo Periférico (PSOL), autora da proposta que originou a Frente Parlamentar, mediou a discussão. Segundo a vereadora, o objetivo do grupo é avaliar o projeto Smart Sampa da Prefeitura de São Paulo, que inclui equipamentos de reconhecimento facial.

Durante o debate, três convidadas trouxeram diferentes perspectivas sobre o tema. Veridiana Alimonti, da Electronic Frontier Foundation, destacou a problemática e discriminação envolvidas na implementação de tecnologias de controle social, como o reconhecimento facial. Vanessa Vieira, da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, ressaltou a importância de discutir o assunto e apontou vieses discriminatórios nas ferramentas de monitoramento. Adriana Moreira, coordenadora de Equidade Racial e Educação da Uneafro Brasil, enfatizou que o uso de câmeras de reconhecimento facial em escolas é uma forma de controle, especialmente prejudicial para a população negra.

A Frente Parlamentar, criada no segundo semestre do ano passado, tem como foco os impactos das tecnologias na população negra. O próximo encontro está agendado para 16 de abril, com o objetivo de debater a utilização das câmeras de reconhecimento facial na área da saúde.

Este debate sobre tecnologias e controle social na educação tem gerado reflexões importantes sobre discriminação e privacidade. A população aguarda por mais ações e posicionamentos claros sobre o assunto, visando garantir a proteção dos direitos individuais e coletivos.

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