Câmara adia votação sobre prisão de deputado Chiquinho Brazão e caso deve se estender até a segunda semana de abril.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou nesta terça-feira, 25 de março, que não irá acelerar o processo referente à prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ). Lira justificou que o caso é considerado “sensível” e, por isso, a votação sobre a manutenção da prisão pode ser adiada para a segunda semana de abril. É importante lembrar que a Câmara tem a responsabilidade de decidir se mantém ou não a prisão de um deputado.

Em seu pronunciamento na Câmara, Lira ressaltou a complexidade e repercussão do caso, destacando que todos estão tratando a questão com cuidado. Até que a Casa chegue a uma decisão em plenário, Chiquinho Brazão permanecerá sob custódia. O presidente da Câmara afirmou que será seguido o “rito regimental”, com a votação da prisão começando na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Ontem, o relator do caso na CCJ, deputado Darci de Matos (PSD-SC), apresentou um parecer favorável à manutenção da prisão, que foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Chiquinho Brazão foi preso sob suspeita de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ).

Após o adiamento da votação na CCJ, a deputada Caroline de Toni (PL-SC) mencionou que Lira poderia levar o caso diretamente para o plenário se a comissão demorasse para analisar a prisão do parlamentar. O embate na Comissão gerou discussões acaloradas entre os parlamentares, com acusações de pressa e polêmicas sobre a imunidade parlamentar.

Chiquinho Brazão, que participou da sessão da CCJ por videoconferência direto do presídio da Papuda, em Brasília, negou as acusações de envolvimento no crime e refutou os argumentos da Polícia Federal. O deputado alegou que mantinha uma relação amigável com Marielle Franco, deixando claro seu descontentamento com a prisão preventiva.

O caso envolvendo Chiquinho Brazão continua a gerar intensos debates e posicionamentos divergentes entre os parlamentares. A análise da manutenção da prisão segue em curso na CCJ, enquanto a polêmica sobre a imunidade parlamentar e a necessidade de um debate mais aprofundado sobre critérios de prisão de congressistas permanece em pauta.

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