A resposta foi uma reação ao prazo de 48 horas dado por Moraes para que Bolsonaro explicasse sua permanência na embaixada. O caso ganhou destaque após o jornal The New York Times publicar que o ex-presidente ficou hospedado na embaixada entre os dias 12 e 14 de fevereiro deste ano, logo após ter seu passaporte apreendido por determinação do ministro.
De acordo com a defesa de Bolsonaro, a ideia de que ele pediria asilo político na embaixada é “ilógica”, pois o ex-presidente não estava preocupado com uma eventual prisão. As recentes medidas cautelares impostas a Bolsonaro tornavam essa suposição improvável, segundo os advogados.
Além disso, a defesa ressaltou que Bolsonaro sempre manteve contato com as autoridades húngaras e negou qualquer intenção de solicitar asilo diplomático. O ex-presidente é aliado do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, e já esteve diversas vezes com ele.
A análise das câmeras de segurança da embaixada e de imagens de satélite mostraram que Bolsonaro chegou à tarde no dia 12 de fevereiro e saiu na tarde do dia 14. Durante sua estadia, praticamente só estavam presentes alguns diplomatas húngaros que moram na embaixada, uma vez que os demais funcionários estavam de férias devido ao feriado de carnaval.
Diante de toda a polêmica envolvendo a hospedagem de Bolsonaro na embaixada da Hungria, o ex-presidente reforçou que não tinha intenção de pedir asilo político e que sua presença no local não indicava qualquer tentativa de fuga. Este episódio mais uma vez coloca Bolsonaro no centro das atenções, em meio a investigações e polêmicas políticas.