Proposta de limite para contingenciamento de despesas no Orçamento de 2024 gera controvérsia no TCU, Ministério Público será ouvido.

Em recente declaração, o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, abordou a proposta do governo Lula de estabelecer um limite para o contingenciamento de despesas no Orçamento de 2024. De acordo com Dantas, essa questão não é simples, já que envolve a interpretação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e da legislação sobre crimes contra as finanças públicas.

O Ministério do Planejamento manifestou dúvidas sobre a legalidade do dispositivo incluído na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024, que determina um limite de R$ 25,9 bilhões para o contingenciamento de despesas. A análise técnica realizada pelo TCU em resposta a essa consulta revelou opiniões divergentes entre os auditores, o que demonstra a complexidade do tema.

Diante da controvérsia, a unidade de auditoria especializada do TCU sugeriu que o Ministério Público fosse ouvido para oferecer uma opinião adicional sobre o assunto. Essa medida, segundo Dantas, não é comum e será analisada antes de o relator do caso, ministro Jhonatan de Jesus, formular sua posição final. O presidente do TCU destacou que a decisão final caberá ao plenário do tribunal, após considerar todas as opiniões apresentadas.

Além disso, Bruno Dantas abordou a ausência de jurisprudência do TCU em relação às acusações de interferência do governo em empresas estatais, citando o recente caso envolvendo a Petrobras. Ele ressaltou que não há um precedente claro sobre esse tema no tribunal, o que torna a análise mais complexa.

Portanto, o debate sobre o limite de contingenciamento de despesas e a suposta interferência do governo em estatais continua em andamento no TCU, com diferentes opiniões sendo consideradas antes de uma decisão final ser tomada pelo plenário. A complexidade e a relevância desses assuntos exigem uma análise criteriosa por parte do tribunal.

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