Os números indicam uma melhora na situação financeira dos moradores da região, permitindo uma maior previsibilidade e um olhar estratégico em relação às finanças. No entanto, vale ressaltar que, apesar da queda na inadimplência, o número de devedores na região do ABC cresceu 6,79% em fevereiro de 2024 em comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse aumento foi acima da média da região Sudeste (3,50%) e da média nacional (2,79%).
A análise por faixa etária dos devedores mostra que a participação mais expressiva em fevereiro foi da faixa etária de 30 a 39 anos, representando 25,11% do total. Em relação ao sexo, a distribuição dos devedores foi bem equilibrada, com 50,39% de mulheres e 49,61% de homens. O valor médio das dívidas por consumidor foi de R$ 5.428,57, sendo que 25,18% dos consumidores tinham dívidas de até R$ 500.
O tempo médio de atraso dos devedores negativados foi de 26,5 meses, com 39,94% deles possuindo um histórico de inadimplência de 1 a 3 anos. O setor com a maior participação no número de dívidas em fevereiro na região foi o de Bancos, respondendo por 71,55% do total de dívidas.
Diante desses números, o presidente da CDL de São Caetano, Alexandre Damásio, ressalta a importância da medição da inadimplência para antecipar hábitos do consumidor e corrigir rotas. Ele destacou a queda da inadimplência em fevereiro e a diminuição do volume de dívidas em atraso como pontos positivos, mas alertou para o histórico de crescimento da inadimplência em março, devido às compras de fim de ano.
Por sua vez, o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico ABC, Aroaldo da Silva, enfatizou que a queda na inadimplência estimula a economia e o comércio, mas ressaltou a importância de desenvolver a educação financeira na região para reduzir ainda mais essa situação e promover uma cultura do crédito consciente. Um projeto do CDL, com o apoio da Agência e outros atores, visa expandir a conscientização sobre o tema na região.