O general ressaltou que, na época, acreditava que Rivaldo Barbosa e o delegado Giniton Lages estavam no caminho certo para solucionar o caso do assassinato de Marielle. No entanto, o relatório da Polícia Federal indicou que Rivaldo liderava um esquema para enganar até mesmo um general quatro estrelas do Exército Brasileiro, o que deixou Nunes intrigado.
Nunes questionou a demora de cinco anos para chegar aos executores do crime, mesmo com o rápido progresso da investigação feito por Rivaldo e Giniton. O general destacou a atuação cuidadosa de Giniton, que conseguiu prender os envolvidos sem margem para alegações de ilegalidade.
Além disso, Nunes esclareceu que a escolha de Rivaldo Barbosa como chefe da Polícia Civil não ocorreu na véspera do assassinato de Marielle, como muitos alegam. Ele afirmou que o nome do delegado havia sido escolhido dias antes e que houve indicações positivas sobre sua competência.
Agora chefe do Departamento de Educação e Cultura do Exército, Richard Nunes será promovido para chefiar o Estado-Maior do Exército, posição de destaque na força terrestre. O general reiterou que nunca teve formação em segurança e que sua confiança na escolha de Rivaldo Barbosa se baseou em indicações favoráveis e na credibilidade do delegado perante a sociedade.
Diante da complexidade do caso e da amplitude das investigações, Nunes acredita que a prisão de Rivaldo Barbosa é parte de um cenário mais amplo envolvendo questões políticas e policiais, que vão além do caso Marielle. Ainda há muitos questionamentos e mistérios a serem esclarecidos neste caso que chocou a sociedade brasileira.