Prefeito de São Paulo aciona TCU e Aneel para rescindir contrato com Enel após apagões na cidade causarem transtornos

O prefeito Ricardo Nunes, do MDB, gerou polêmica ao confirmar na noite deste sábado (23) a representação contra a Enel no TCU (Tribunal de Contas da União) e na Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para solicitar a rescisão do contrato com a concessionária responsável pela distribuição de energia elétrica em São Paulo. A decisão veio após os transtornos causados por apagões na região central da cidade durante a semana, afetando comerciantes, o abastecimento de água e o atendimento de pacientes na Santa Casa.

O prefeito havia anunciado previamente que tomaria essa medida diante dos problemas enfrentados pela população de São Paulo, como o cancelamento de eventos culturais e o impacto em prédios icônicos como o Copan e o edifício Itália. “Ninguém aguenta mais a Enel”, declarou Nunes, ressaltando a ineficiência da concessionária e a necessidade de intervenção dos órgãos federais para resolver a situação.

Segundo o prefeito, a prefeitura já havia movido ações contra a empresa recentemente, mas o modelo de concessão impede intervenções locais, sendo necessária a ação dos órgãos federais para garantir um serviço de qualidade. “Não podemos continuar sujeitos a um serviço tão deficiente. Exigimos a garantia de um serviço de qualidade, um direito básico”, enfatizou o prefeito.

Em nota divulgada anteriormente, a Enel explicou que os problemas decorreram de danos em circuitos subterrâneos, o que torna a reparação complexa e demorada. A empresa disponibilizou geradores para abastecer os clientes afetados e não se pronunciou sobre as declarações do prefeito.

A representação de Ricardo Nunes contra a Enel destaca a insatisfação da população com os constantes problemas de energia elétrica na cidade de São Paulo e a necessidade de medidas efetivas para garantir um serviço de qualidade aos cidadãos. A situação coloca em xeque a eficácia da concessionária e levanta questionamentos sobre a gestão dos serviços públicos essenciais.

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