Os investigados, Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ) e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, foram detidos de forma preventiva e transferidos para Brasília sob custódia da Polícia Federal. Agora, aguardam a oferta de denúncia por parte do Ministério Público Federal (MPF) para se tornarem réus.
A entrada da PF no caso Marielle ocorreu em fevereiro do ano passado, por determinação do então ministro da Justiça, Flávio Dino. Segundo Lewandowski, as investigações apontaram com clareza os executores do crime, bem como os mandantes e outros envolvidos no caso. Apesar disso, ressaltou que novos elementos podem surgir, levando a uma continuação das investigações.
A prisão dos suspeitos foi realizada menos de uma semana após o Supremo Tribunal Federal (STF) homologar o acordo de delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, responsável pela execução dos assassinatos. O ministro Alexandre de Moraes expediu os mandados de prisão e medidas cautelares contra os envolvidos, incluindo busca e apreensão de documentos, sequestro de bens e valores, e bloqueio de contas.
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou durante coletiva que a PF encerrou essa fase da investigação, apontando os mandantes, executores e intermediários do crime. Entretanto, ressaltou que novas ações podem ser adotadas após a análise dos materiais apreendidos. A prisão dos suspeitos representa uma vitória no combate ao crime organizado e um marco na busca por justiça no caso Marielle Franco.
