Os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, juntamente com o delegado da Polícia Civil Rivaldo Barboda, foram detidos pela manhã durante a Operação Murder Inc e chegaram a Brasília por volta das 16h, em uma aeronave da Polícia Federal. Logo após a chegada, os presos passaram por exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) e participaram de uma audiência de custódia com o juiz auxiliar do Supremo Tribunal Federal (STF), Airton Vieira, que decretou a manutenção das prisões.
Ainda não foi definido se os presos permanecerão na Penitenciária Federal de Brasília ou se serão transferidos para outras unidades prisionais do país. As prisões, de caráter preventivo e sem prazo determinado, foram decretadas por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF, e deverão passar por referendo em sessão virtual da Primeira Turma do Supremo nesta segunda-feira (25).
No caso do deputado federal Chiquinho Brazão, sua prisão ainda precisa ser apreciada pelo plenário da Câmara dos Deputados, que decidirá se ele continuará detido ou será solto. A principal motivação do assassinato de Marielle e Anderson, segundo relatório da Polícia Federal, está relacionada à disputa pela regularização de territórios no Rio de Janeiro, envolvendo questões fundiárias e grupos de milícia.
As investigações policiais levaram ao esclarecimento completo sobre os mandantes, executores e intermediários desses crimes hediondos. Marielle e Anderson foram brutalmente assassinados a tiros em março de 2018, num cruzamento no centro do Rio de Janeiro, enquanto se deslocavam de carro após uma agenda de trabalho. Agora, com a prisão dos suspeitos, espera-se que a justiça possa ser feita e que os responsáveis sejam devidamente punidos.