General Braga Netto diz que nomeação de chefe da Polícia Civil de Rivaldo Barbosa foi indicação do ex-secretário de Segurança Pública.

O caso envolvendo o general Walter Braga Netto e a nomeação de Rivaldo Barbosa como chefe da Polícia Civil às vésperas do assassinato de Marielle Franco em 2018 continua gerando polêmica e levantando questionamentos sobre os bastidores da segurança pública no Rio de Janeiro naquela época.

Braga Netto, que na época era o interventor federal no estado, afirmou que o nome de Rivaldo Barbosa foi indicado pelo então secretário de Segurança Pública, o general Richard Fernandes Nunes. Esta nomeação aconteceu em um contexto delicado, com a intervenção federal decretada pelo então presidente Michel Temer e o Rio de Janeiro passando por uma fase crítica em termos de segurança.

Rivaldo Barbosa, que agora está preso e é visto como um dos arquitetos do crime ao lado dos irmãos Brazão, assumiu o cargo de chefe de polícia em março de 2018. A sua nomeação foi assinada por Braga Netto, que era o interventor federal na época, e posteriormente ele tomou posse do cargo.

Segundo a defesa de Braga Netto, durante a intervenção federal a Polícia Civil estava subordinada à Secretaria de Segurança Pública e as nomeações eram feitas exclusivamente pelo então secretário. A defesa também ressaltou que, por questões burocráticas, o ato administrativo era assinado pelo interventor federal, que na prática era o governador na área da segurança pública no RJ.

Além disso, Braga Netto também teve uma trajetória política ligada a Jair Bolsonaro e ao PL. Ele foi vice do ex-presidente na campanha à reeleição e posteriormente foi envolvido em planos de golpe de Estado tramados por bolsonaristas.

O caso das nomeações durante a intervenção federal no Rio de Janeiro em 2018 continua sendo investigado e levanta questionamentos sobre a gestão e os bastidores da segurança pública naquele período conturbado.

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