Ex-chefe da Polícia Civil do Rio é preso por suspeita de autoria intelectual do assassinato de Marielle Franco em operação neste domingo.

Na manhã deste domingo, a Polícia Federal realizou uma operação para prender suspeitos de serem os autores intelectuais do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes. Entre os presos está o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, delegado Rivaldo Barbosa, que assumiu o cargo um dia antes do crime ocorrer, em 13 de março de 2018.

O assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes aconteceu na noite do dia seguinte à posse de Rivaldo Barbosa como chefe da Polícia Civil. A prisão do ex-delegado faz parte da operação Murder Inc., que foi realizada em conjunto com a Procuradoria-Geral da República e o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro. Além de Rivaldo Barbosa, os irmãos Chiquinho Brazão, deputado federal pelo União Brasil-RJ, e Domingos Brazão, conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado) do Rio, também foram presos.

Os suspeitos presos na operação são investigados por serem os possíveis autores intelectuais dos crimes de homicídio, organização criminosa e obstrução de justiça. A ação da Polícia Federal foi realizada no domingo para surpreender os suspeitos, uma vez que havia indicações de que eles poderiam tentar fugir. Além dos mandados de prisão, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão expedidos pelo STF, todos no Rio de Janeiro.

Sob a chefia de Rivaldo Barbosa, a Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou diversas operações de busca e apreensão ligadas às investigações sobre as mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes. Em dezembro de 2018, agentes da Delegacia de Homicídios da capital visitaram 15 endereços no Rio de Janeiro e Minas Gerais em busca de provas concretas para a condenação dos assassinos.

Na época, o delegado afirmou que a ação estratégica buscava provas para a condenação dos culpados, sem revelar mais detalhes para não prejudicar a investigação. A operação da Polícia Civil visava cumprir mandados relacionados a inquéritos policiais paralelos ao caso Marielle Franco, buscando avançar nas investigações e obter mais evidências sobre os responsáveis pelo crime.

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