SÃO PAULO – Sindicatos e entidades de classe criticam proposta de reajuste salarial de 2,16% para servidores públicos da Prefeitura de São Paulo.

Na tarde desta sexta-feira, representantes de sindicatos e entidades de classe se reuniram em uma Audiência Pública realizada pela Comissão de Educação, Cultura e Esportes da Câmara Municipal de São Paulo para discutir o polêmico Projeto de Lei 155/2024, proposto pelo Executivo. Esse projeto prevê um reajuste salarial de 2,16% para todos os servidores públicos da Prefeitura e também para os aposentados e pensionistas do Iprem.

Durante o encontro, diversas vozes se manifestaram contra o PL. Claudio Fonseca, presidente do Sinpeem (Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo), destacou que o aumento proposto não atende às necessidades dos servidores, pois a categoria reivindicava uma incorporação de 39% durante as negociações com o Executivo. Por outro lado, Claudete Alves, presidente do Sedin (Sindicato dos Educadores da Infância), chamou a atenção dos parlamentares para reajustes superiores aprovados em outras capitais estaduais.

Margarida Prado Genofre, vice-presidente do Aprofem (Sindicato dos Professores e Funcionários Municipais de São Paulo), reconheceu avanços, mas ressaltou que os reajustes ainda são insuficientes. João Gabriel Guimarães Buonavita, presidente do Sindsep (Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo), apontou que a arrecadação do município tem crescido, mas os servidores não têm sido beneficiados proporcionalmente.

Os sentimentos de insatisfação foram compartilhados por diversos membros da sociedade civil presentes na audiência. Além disso, vereadores como Celso Giannazi e Eliseu Gabriel também se posicionaram contra o reajuste de 2,16%, comparando com outras realidades financeiras de municípios menores.

Por sua vez, os representantes do Executivo justificaram a proposta, ressaltando a dificuldade devido ao período eleitoral e destacando a sequência de reajustes implementados nos últimos anos. A secretária municipal de Gestão, Marcela Arruda, e o secretário municipal de Educação, Fernando Padula, explicaram detalhes do projeto.

Diante das divergências apresentadas, a decisão sobre o Projeto de Lei 155/2024 fica agora nas mãos dos vereadores, que poderão reavaliar o reajuste proposto e considerar as demandas dos servidores e sindicatos envolvidos. A íntegra da Audiência Pública pode ser conferida no site oficial da Câmara Municipal de São Paulo.

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