Professora da USP se retrata após comparar greve estudantil ao Holocausto em reunião com alunos: “escolha de palavras inadequada”

A diretora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Eloisa Bonfá, se retratou após ter feito uma declaração polêmica durante uma reunião com representantes da greve estudantil. A professora comparou a colagem de cartazes na greve ao Holocausto, o que gerou indignação por parte dos estudantes e do Centro Acadêmico Oswaldo Cruz.

Em nota divulgada no site da instituição, Eloisa reconheceu que sua escolha de palavras foi inadequada e que não teve a intenção de comparar diretamente os contextos, mas sim refletir sobre a importância da memória e do respeito no ambiente acadêmico. Ela afirmou que comportamentos marcados por desrespeito e agressividade devem ser registrados para que não se repitam.

A declaração controversa foi feita durante a reunião com os estudantes, que reivindicavam revisão de provas de residência e manutenção do subsídio de alimentação, entre outros pontos. No entanto, a comparação feita pela diretora causou revolta e exigências por parte dos alunos, que pediram um pronunciamento público e um pedido de desculpas.

O Centro Acadêmico Oswaldo Cruz destacou a importância de um diálogo construtivo e respeitoso com os estudantes, evitando comparações insensíveis e ofensivas no futuro. A entidade também exigiu um compromisso da instituição em buscar soluções para as questões levantadas durante a greve.

Eloisa Bonfá, primeira mulher a assumir a diretoria da Faculdade de Medicina da USP, está em exercício desde 2022 até 2026. Em sua retratação, a diretora enfatizou a importância do diálogo aberto, compreensão e respeito pelas diferentes perspectivas, comprometendo-se a promover esses valores e a criar um ambiente acadêmico de crescimento, aprendizado e respeito mútuo.

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