Antone Roberto Camargo, um dos músicos que se apresentava no evento, acabou falecendo devido às queimaduras de segundo grau que atingiram 45% de seu corpo. Segundo a denúncia, o incêndio teve início quando um dos artefatos pirotécnicos atingiu o teto do salão, o qual possuía isolamento acústico de isopor, material altamente inflamável, contribuindo para a propagação rápida das chamas.
Os quatro funcionários do resort foram denunciados por homicídio culposo, ou seja, sem intenção de matar. Nilva Meireles, gerente-geral do hotel, Mario Novaes Júnior, gerente de lazer, Marcos Sousa, responsável pela prevenção de acidentes, e Lucas da Silva, líder dos bombeiros civis do Mavsa, são os envolvidos no processo que ainda não foi julgado.
Durante as investigações, os funcionários do resort deram depoimentos divergentes sobre a responsabilidade e conhecimento a respeito do uso de artefatos pirotécnicos no local. Nilva Meireles afirmou não ser responsável pela aprovação dos shows e que não havia observado a proibição dos artefatos pirotécnicos na licença do Corpo de Bombeiros.
O resort defende que segue todas as normas de segurança e que o documento emitido pelos bombeiros faz referência apenas a artefatos pirotécnicos com efeitos visuais coloridos e sem estampido, sem apresentar riscos de incêndio. A empresa alega que a tragédia pode ter ocorrido devido a um erro do fornecedor, que teria enviado um produto diferente do usual, causando o trágico acidente.
O Mavsa Resort, localizado a 90 minutos de São Paulo, é considerado um dos resorts “all inclusive” mais completos do Brasil, com infraestrutura de lazer diversificada e diárias a partir de R$ 2.362 neste mês de março. A tragédia provocou comoção e levantou questões sobre a segurança dos eventos e a responsabilidade dos estabelecimentos em garantir a integridade de seus hóspedes e funcionários.