Collor, que foi o primeiro presidente eleito por voto direto após a ditadura militar, viu seu governo ser abalado por denúncias de corrupção que envolviam PC Farias. O empresário alagoano, apontado como o cérebro por trás de esquemas ilícitos, acabou sendo investigado em CPIs e teve sua imagem construída como a de um vilão.
O filme revela que a construção dessa persona de vilão foi baseada em estereótipos físicos e preconceituosos, que exploraram a aparência de PC, sua origem nordestina e até mesmo sua religiosidade. No entanto, o documentário também traz à tona aspectos menos lembrados sobre o tesoureiro, como sua personalidade simpática e seu profundo apreço pela família.
Ao longo do enredo, vemos a ascensão meteórica de PC na política nacional, sua fuga do país após o impeachment de Collor, sua estadia na prisão e, por fim, seu misterioso assassinato ao lado de sua namorada. As circunstâncias da morte do empresário e os desdobramentos do caso são explorados de forma minuciosa, revelando controvérsias e incertezas que intrigam até os dias de hoje.
Por meio de depoimentos de figuras-chave da época, como Fernando Collor e Renan Calheiros, o documentário busca resgatar a história de um dos capítulos mais sombrios da política brasileira, oferecendo uma nova perspectiva sobre um personagem controverso que marcou profundamente a nossa história recente. A vida de Paulo César Farias, repleta de mistérios, intrigas e revelações, é agora desvendada nas telas do cinema, convidando o público a refletir sobre os segredos que permeiam os corredores do poder.
