“Recolhemos assinaturas e teremos a CPI da manipulação no futebol ou no esporte brasileiro. Ela é essencial, é importante. Mostra que o Senado não vai adormecer neste tema. A fiscalização se torna absolutamente necessária, e é nosso papel. Todo caso de suspeita que possa contaminar o esporte tem que ser investigado”, afirmou Portinho.
Durante o debate, representantes da empresa de monitoramento de eventos esportivos Good Games! também estiveram presentes e afirmaram ter alertado autoridades brasileiras sobre casos de manipulação. Thierry Hassanaly, CEO da Good Games!, relatou ter enviado informações à CBF e ao Poder Judiciário no ano anterior, porém não recebeu uma resposta.
Questionados sobre detalhes específicos das supostas irregularidades, os representantes se recusaram a fornecer informações concretas. Pierre Sallet, fundador da empresa, mencionou que foram identificadas partidas manipuladas entre 2022 e 2023, sem especificar os jogos ou campeonatos em questão.
A discussão também abordou a necessidade de investigação das empresas que promovem apostas online em jogos de futebol. O senador Eduardo Girão (Novo-CE) enfatizou os riscos de manipulação de resultados, citando o Brasil como o país com o maior número de eventos suspeitos em 2022, a maioria relacionada a partidas de futebol.
Durante a audiência, o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) anunciou a intenção de apresentar um projeto de lei para banir do esporte indivíduos envolvidos em esquemas de manipulação. Segundo Kajuru, a punição mais adequada para casos comprovados de corrupção no esporte seria o banimento definitivo.
Diante das denúncias e da gravidade das acusações, é fundamental que medidas efetivas sejam tomadas para garantir a transparência e a integridade no cenário esportivo brasileiro. A instalação da CPI e a investigação rigorosa dos casos de manipulação são passos essenciais para combater esse tipo de prática e preservar a credibilidade do futebol no país.