Em uma ação incisiva, o senador afirmou que a pasta tem atuado de forma desrespeitosa em relação à comissão e considera inadmissível a falta de cooperação na prestação de informações. O requerimento aprovado pela CPI exige diversos documentos relacionados à exploração de sal-gema em Maceió e à atuação da Braskem.
Na última audiência da CPI, o ex-secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do MME, Alexandre Vidigal de Oliveira, revelou a existência de duas versões conflitantes sobre as causas do afundamento de bairros em Maceió. Essa divergência provocou confusão e Carvalho solicitou a identificação dos servidores que defendiam a tese relacionada às causas naturais do fenômeno.
Além disso, Vidigal destacou a falta de recursos e pessoal para monitorar o setor mineral no Brasil, revelando que a regulação do setor ainda é insuficiente para evitar desastres como o ocorrido em Maceió. O senador Carvalho defende uma reforma na estrutura de fiscalização da mineração no país, evidenciando a necessidade de uma mudança na forma como o setor é supervisionado.
A CPI da Braskem investiga o afundamento de bairros em Maceió, que causou o deslocamento de milhares de pessoas, um problema que tem se agravado desde que foi revelado em 2019. A exploração de sal-gema pela Braskem é apontada como a principal causa desse fenômeno que transformou regiões inteiras da capital alagoana. A empresa suspendeu suas atividades em Maceió em 2019, alegando ter atuado de acordo com as normas técnicas e regulatórias.
Com base nos depoimentos e documentos analisados até o momento, a CPI da Braskem indica a necessidade de uma maior regulação e fiscalização do setor mineral no Brasil, visando prevenir novos desastres e proteger a população. A atuação da comissão tem revelado a urgência em reformar as práticas de monitoramento e garantir a segurança das comunidades impactadas pela mineração.