Onda de violência atinge bairros nobres no Haiti, deixando 12 mortos em tumulto após anúncio de renúncia de premiê.

Na última segunda-feira, 18 de outubro, a capital do Haiti, Porto Príncipe, foi palco de ataques violentos perpetrados por gangues armadas, resultando em 12 mortes em dois bairros nobres da cidade. Este episódio é apenas o mais recente de uma onda de violência que assola o país caribenho e que foi agravada pelo anúncio de renúncia do primeiro-ministro Ariel Henry.

Os ataques ocorreram nos bairros de Laboule e Thomassin, onde homens armados saquearam casas e forçaram os moradores a fugir durante a madrugada. Apesar de essas áreas serem geralmente pacíficas, a violência das gangues alcançou novos patamares, levando os cidadãos a pedirem ajuda policial através de chamadas para estações de rádio.

Segundo relatos de um fotógrafo da Associated Press, os corpos de 12 homens foram encontrados espalhados pelas ruas de Pétionville, um dos locais atacados. A população local reagiu com indignação diante da brutalidade dos atos, clamando por justiça e paz em um país marcado pela instabilidade política e social.

Os recentes eventos também levantaram preocupações sobre a continuidade da violência das gangues, mesmo após a renúncia de Henry e a promessa de formação de um conselho presidencial transitório. A exigência das gangues por esse conselho tem gerado debates e tensões políticas no Haiti, com algumas facções recusando-se a participar e outras discutindo os termos da representação.

Além dos confrontos internos, a infraestrutura do país também tem sido afetada, com a destruição de quatro subestações de energia que deixaram grandes áreas de Porto Príncipe sem eletricidade, incluindo um hospital. Essa situação precária tem gerado preocupações sobre a saúde e segurança da população, bem como a necessidade de uma resposta eficaz por parte das autoridades locais e da comunidade internacional.

Neste contexto turbulento, o envio de uma força policial queniana apoiada pela ONU para combater as gangues foi adiado, aguardando a resolução das questões políticas internas do Haiti. Enquanto isso, a população local enfrenta uma realidade de violência, instabilidade e incerteza, clamando por soluções e um futuro mais pacífico e seguro para o país.

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