Ministério da Saúde inicia Comitê Gestor para recuperar hospitais federais no Rio de Janeiro após anos de precarização.

O Ministério da Saúde iniciou nesta segunda-feira (18) uma importante missão: administrar seis hospitais federais no Rio de Janeiro por meio do recém-criado Comitê Gestor. Esse órgão terá um prazo mínimo de 30 dias para trabalhar em conjunto com as direções de cada unidade visando recuperar e reestruturar os hospitais após anos de precarização.

De acordo com as informações divulgadas, o Comitê Gestor será coordenado pela Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (Saes), contando com representantes do Departamento de Gestão Hospitalar (DGH), assessorias, coordenações e secretarias do Ministério da Saúde. Um dos principais objetivos é aprimorar a governança e facilitar o diálogo entre servidores, sindicatos e gestores.

Uma das medidas anunciadas foi a centralização de todos os processos de aquisição de medicamentos, insumos e contratação de obras no Ministério da Saúde. Essa decisão tem como finalidade aumentar o poder de negociação da pasta, garantir maior eficiência e controle na distribuição de insumos, evitando assim possíveis falhas no abastecimento e desperdícios.

Além disso, o Ministério da Saúde informou que outras ações estão em andamento desde o início do ano, visando a melhoria do sistema de saúde. Dentre essas melhorias, destacam-se a reabertura de mais de 300 leitos, a inauguração do Hospital Dia no Hospital Federal do Andaraí (HFA), a implementação de um novo setor de oncologia, sala de radiografia digital, tomógrafo e cinco aparelhos de raio-x portáteis no Hospital do Andaraí, além da contratação de 294 profissionais de saúde.

No entanto, a dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Sindsprev/RJ), Cristiane Gerardo, manifestou sua preocupação com a situação dramática dos hospitais, descrevendo anos de desmonte e sucateamento. Ela ressaltou a situação do Hospital Cardoso Fontes, que ainda aguarda a conclusão da obra do telhado, colocando em risco a estrutura do local e o funcionamento adequado do hospital.

Apesar de concordar com a centralização das compras, Cristiane é contra a centralização da gestão administrativa dos hospitais, alegando que isso poderia transformar os diretores em meros zeladores. A sindicalista defende a construção de uma grade de compras comum e a articulação dos estoques das unidades para evitar desperdícios e compras desnecessárias, sem a necessidade de abolir a gestão local.

Nesse sentido, o Comitê Gestor terá um desafio significativo pela frente ao buscar soluções eficazes para reestruturar e melhorar a gestão dos hospitais federais no Rio de Janeiro, visando oferecer um atendimento de qualidade à população.

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