Nos vídeos compartilhados pelo próprio jogador em suas redes sociais, é possível observar e ouvir claramente as ofensas proferidas pelo público presente. Melo chegou a solicitar a interrupção da partida, mas apesar de representantes da Confederação Brasileira de Vôlei estarem presentes no local, o jogo continuou normalmente. Os responsáveis pelos ataques homofóbicos não foram identificados.
A Confederação Brasileira de Vôlei emitiu uma nota oficial lamentando o ocorrido e informou que encaminhará o caso ao Ministério Público local, além de registrar um boletim de ocorrência na delegacia de Recife. Como forma de repúdio ao episódio, a entidade passou a veicular uma mensagem de áudio antes das partidas alertando que atos discriminatórios, como racismo e homofobia, são crimes e não serão tolerados nos eventos esportivos do voleibol brasileiro.
Durante as finais do torneio em Recife, os atletas aderiram a uma ação da Confederação na qual entraram em quadra segurando faixas com mensagens contra a homofobia, em solidariedade a Anderson Melo. A Comissão Nacional de Atletas de Vôlei de Praia também se pronunciou, repudiando qualquer forma de discriminação e cobrando medidas da entidade responsável pelo esporte em relação ao caso ocorrido durante a competição.