Os apagões registrados nos últimos 12 meses têm gerado insatisfação na população paulistana, com bairros passando longos períodos sem abastecimento, principalmente após tempestades e queda de árvores sobre cabos de energia. A exposição negativa da empresa Enel nestes episódios contribui para a identificação dela como a principal responsável pelos problemas.
A atribuição de culpa à prefeitura de São Paulo, no entanto, é uma tendência incomum, já que a regulação do serviço de distribuição de energia é de responsabilidade da Arsesp, ligada ao governo estadual. Mesmo assim, a proximidade do poder público municipal com os cidadãos pode levar parte da população a culpar a prefeitura pelo transtorno.
O eleitorado do prefeito Ricardo Nunes tende a responsabilizar mais a prefeitura pelas quedas de energia, em comparação com os eleitores de outros candidatos. A questão das podas de árvores, que são serviços municipais, também influencia na percepção de culpa da prefeitura nestes casos.
A pesquisa do Datafolha também identificou que as quedas de árvores e as quedas de energia são os principais problemas citados pelos moradores de São Paulo, ficando em segundo e terceiro lugar, respectivamente, no ranking de ocorrências apontadas. A Enel atribui 95% das ocorrências de queda de energia a quedas de árvores.
Em meio a essa complexa relação de responsabilidades pelos apagões, a população espera por soluções que garantam um fornecimento estável de energia elétrica na cidade de São Paulo, evitando transtornos e prejuízos para os moradores e empresas locais.