Repórter São Paulo – SP – Brasil

Justiça do Rio determina transferência de Zinho para presídio federal em Campo Grande, MS, por alta periculosidade e participação em crimes.

O miliciano Luiz Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, teve sua transferência da Penitenciária Laércio da Costa Pelegrino (Bangu 1), no Complexo de Gericinó, zona oeste do Rio de Janeiro, para a Penitenciária Federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, determinada pela Justiça. Zinho é apontado como líder da maior milícia do estado.

A operação de transferência foi conduzida pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro e contou com um forte esquema de segurança. Um total de 16 policiais penais do Estado e cinco viaturas da secretaria escoltaram o miliciano de Bangu até o Aeroporto Santos Dumont, no Centro da cidade, onde ele foi entregue a cinco policiais penais da Secretaria Nacional de Políticas Penais, responsáveis por conduzi-lo até a penitenciária em Mato Grosso do Sul.

Zinho foi preso em 24 de dezembro de 2023 em uma operação conjunta entre a Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro e a Polícia Federal. Ele é acusado de comandar os ataques a ônibus e trem na zona oeste da capital fluminense em outubro passado.

Além de Zinho, Marcelo de Luna Silva, conhecido como Boquinha, também foi transferido para o presídio de Campo Grande. Boquinha é tido como cúmplice de Zinho e faz parte da principal milícia da zona oeste do Rio. A juíza Elizabeth Machado Louro, da 2ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, determinou ainda a inclusão dos dois réus em regime disciplinar diferenciado.

A decisão da Justiça de transferir Zinho e Boquinha para presídios federais se deve ao alto grau de periculosidade dos acusados e à importância de suas colaborações para esclarecer crimes em andamento. A promotora de Justiça Simone Sibilio justificou que a presença de Zinho no Rio representava um risco para as políticas de segurança pública do estado.

Ao longo dos anos, Zinho acumulou 12 mandados de prisão por crimes ligados à milícia que sua família, conhecida como Família Braga, lidera desde 2010. Mesmo com as acusações, a defesa do miliciano nega qualquer envolvimento nos crimes atribuídos a ele.

Segundo as investigações, Zinho é o terceiro líder da família a assumir o comando da milícia, que é considerada uma das mais poderosas e perigosas do estado. Sua transferência para um presídio federal representa um passo importante na tentativa de desarticular as atividades criminosas da milícia no Rio de Janeiro.

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