Os números do Censo Escolar revelaram que o ensino médio é o nível educacional com o maior índice de evasão, com 7% dos estudantes do 1º ano abandonando a escola e 4,1% sendo reprovados entre 2020 e 2021. Também foi observada uma queda de 7% nas matrículas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) entre 2022 e 2023.
Esses dados evidenciam a urgência de implementar políticas que visem a retenção de jovens e adolescentes nos anos finais da educação básica. Um estudo do Instituto Ayrton Senna destacou a reprovação como um dos principais motivos para o abandono dos estudos, juntamente com questões como falta de transporte, vestuário, alimentação e material escolar.
A evasão escolar traz consequências, como a falta de preparo profissional e dificuldade de inserção no mercado de trabalho, além de impactos na saúde mental dos jovens. A taxa de desemprego entre jovens periféricos atingiu 23% em 2022, segundo dados do IBGE.
Diante deste cenário preocupante, organizações da sociedade civil têm buscado soluções para apoiar os jovens, como o Programadores do Amanhã, que oferece formação em tecnologia e já impactou a vida de mais de 300 jovens em todo o país. Além disso, a Fundação 1 Bi atua através do AprendiZAP, que disponibiliza conteúdos e atividades gratuitas para estudantes e professores de escolas públicas.
No entanto, apesar do potencial da tecnologia para reduzir as desigualdades, é fundamental que o governo invista em políticas públicas que combinem a tecnologia com ações sociais para garantir o desenvolvimento e a permanência dos estudantes na escola. A educação é a chave para transformar a realidade desses jovens e é preciso agir de forma integrada para superar os desafios que se apresentam no cenário educacional do país.
