Entre os sete passageiros que estão processando as empresas, está Cuong Tran, que estava sentado próximo ao local onde a parte da aeronave se soltou. Ele descreveu que o ar escapou pelo buraco aberto, puxando as pessoas ao redor e causando ferimentos, inclusive em seu pé, que foi empurrado contra a estrutura do assento.
O advogado Timothy Loranger, responsável pela ação, afirmou que os passageiros sofreram traumas devido à negligência das empresas envolvidas em garantir a segurança da aeronave. O processo busca danos punitivos, compensatórios e gerais por suposta negligência, responsabilidade de construção de produtos e falha em proteger os passageiros.
O voo seguia de Portland para o Aeroporto Internacional de Ontário, no sul da Califórnia, quando ocorreu o incidente. Os pilotos conseguiram fazer um pouso de emergência de volta a Portland, sem gravidade ferimentos corporais. Uma outra ação judicial já havia sido iniciada anteriormente por 22 passageiros, também acusando a Boeing e a Alaska Airlines de negligência.
O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes afirmou em um relatório preliminar que a falta de quatro parafusos contribuiu para o incidente, pois eles ajudam a manter o plugue da porta no lugar. A Boeing admitiu que não conseguiu encontrar registros de trabalho relacionados ao painel de portas da aeronave da Alaska Airlines, aumentando a pressão sob a empresa.
Além disso, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos lançou uma investigação criminal para avaliar se a Boeing cumpriu um acordo anterior relacionado à segurança de suas aeronaves, após acidentes fatais envolvendo o 737 Max em 2018 e 2019. O caso segue em desenvolvimento, com as empresas envolvidas sob intensa pressão e escrutínio.