Já no mercado de ações, a bolsa de valores brasileira fechou em queda de quase 1%, resultando na praticamente anulação dos ganhos acumulados ao longo da semana. O índice Ibovespa, da B3, encerrou o dia aos 126.742 pontos, com um recuo de 0,74%, devido principalmente ao desempenho negativo de ações de empresas ligadas ao setor de mineração, impactadas pela queda no preço do minério de ferro, e do setor de consumo. Na semana, a bolsa acumulou uma perda de 0,26%.
As notícias de que a economia norte-americana está aquecendo, com a inflação ao produtor acima das expectativas e um crescimento nas vendas no varejo em fevereiro, contribuíram para a instabilidade nos mercados. Esse cenário reduz as chances de que o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos EUA, inicie a redução dos juros em junho, o que pode estimular a fuga de capitais de países emergentes.
Por outro lado, no Brasil, dados positivos como o aumento na geração de empregos e no crescimento do setor de serviços em relação ao ano anterior ajudaram a conter a valorização do dólar. No entanto, essas informações também exerceram pressão sobre a bolsa de valores. A expectativa de um possível aumento na atividade econômica nacional pode levar o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) a interromper os cortes na Taxa Selic após a reunião de maio. Juros mais altos no país contribuem para conter a pressão sobre o câmbio, mas também estimulam a migração de investimentos da bolsa para aplicações em renda fixa, como títulos públicos.
Em resumo, o mercado financeiro segue atento às movimentações das economias global e nacional, com reflexos imediatos nos indicadores econômicos do Brasil. É importante acompanhar de perto os desdobramentos desses acontecimentos para compreender o impacto no cenário econômico brasileiro e internacional.