Interditada desde 2002 devido ao risco de degradação, a gruta ainda recebe turistas que desrespeitam a proibição e publicam fotos e vídeos nas redes sociais. O número de invasões aumentou nos últimos meses, preocupando as autoridades responsáveis pela preservação do ambiente.
A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) reforçou que as visitas ao local estão proibidas e destacou a presença de sinalizações alertando sobre a interdição e os riscos envolvidos. Tanto a Polícia Civil quanto o Ministério Público de Mato Grosso têm recebido denúncias sobre a situação, com relatos de pichações e danos às rochas da gruta.
Mesmo com as restrições e as placas de proibição quase ilegíveis, as visitas continuam, muitas vezes facilitadas por guias locais. Recentemente, uma fotógrafa divulgou um ensaio fotográfico realizado na gruta, gerando debate sobre a necessidade de fiscalização e preservação do local.
A presidente do Conselho de Turismo de Nobres, Marcy dos Reis, tem cobrado das autoridades locais um aumento na fiscalização e na sinalização para evitar visitas clandestinas. Ela destaca a necessidade de regularização do espaço para permitir visitas legais e responsáveis.
O promotor Willian Oguido Ogama, do Ministério Público, informou que estão sendo realizadas ações para impedir as visitas ilegais, como notificações aos guias e busca por soluções estruturais para o local. A Sema reiterou a proibição das visitas na gruta e afirmou que o processo de regularização fundiária está em fase final para reabertura do local.
A população local também tem sido importante na fiscalização, denunciando a entrada de pessoas na gruta e contribuindo para a preservação desse patrimônio natural. A desinterdição da Gruta Lagoa Azul é uma prioridade do governo estadual, que busca garantir a proteção desse importante ponto turístico do estado de Mato Grosso.