Grande estudo aponta que produtores de petróleo e gás nos EUA podem estar emitindo três vezes mais metano do que o estimado

Produtores de petróleo e gás nos Estados Unidos podem estar emitindo uma quantidade significativamente maior de metano do que as estimativas oficiais indicavam, de acordo com uma nova pesquisa divulgada recentemente. Esse gás, conhecido por ser um forte influenciador no aquecimento global, está sendo liberado em taxas muito mais altas do que se imaginava anteriormente, gerando preocupações no setor ambiental.

O estudo, publicado na revista Nature, revelou que em algumas regiões do Novo México mais de 9% do gás natural produzido estava escapando para a atmosfera. Essa é uma descoberta alarmante, pois o metano é um poderoso gás de efeito estufa, capaz de aquecer o planeta em até 80 vezes mais do que o dióxido de carbono ao longo de duas décadas.

Os pesquisadores da Universidade de Stanford e outras instituições analisaram cerca de um milhão de medições coletadas em seis regiões produtoras de petróleo e gás nos EUA. Com base nesses dados, eles estimaram que as operações nessas regiões liberam cerca de 6,2 milhões de toneladas de metano por ano, o que equivale a 3% do total de gás produzido.

Essas altas taxas de emissão de metano são um alerta para a comunidade global, que já enfrenta desafios significativos relacionados às mudanças climáticas. Com o aumento do nível do mar, intensificação de tempestades e eventos climáticos extremos, as emissões de metano provenientes da indústria de petróleo e gás são motivo de grande preocupação.

Para combater esse problema, cientistas têm buscado obter medições mais precisas das emissões de metano causadas pelo homem, especialmente da indústria de combustíveis fósseis. Recentemente, o lançamento do satélite MethaneSAT pela Environmental Defense Fund foi um passo importante nesse sentido, permitindo rastrear o metano em escala global e monitorar de perto as emissões.

Com as emissões de metano do setor de energia permanecendo próximas de recordes em 2023, medidas urgentes são necessárias para reduzir essas emissões e atingir as metas climáticas internacionais, como estabelecido no Acordo de Paris. Ações concretas e comprometidas tanto por governos quanto por empresas do setor são essenciais para combater efetivamente o problema do metano e mitigar os impactos das mudanças climáticas.

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