General da reserva defende prisão de ministro do STF para “volta da normalidade institucional, afirma depoimento à PF”

Em um depoimento à Polícia Federal (PF), o general da reserva do Exército, Laercio Vergílio, afirmou que a prisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, seria necessária para a volta da normalidade institucional e a harmonia entre os poderes. A declaração do militar é parte de uma investigação da PF sobre um suposto plano para prender Moraes, relator das investigações sobre a tentativa de golpe que tramita no Supremo.

No depoimento, realizado em fevereiro deste ano, Vergílio foi questionado sobre áudios autorizados judicialmente que mostram conversas entre ele e o militar da reserva Aílton Gonçalves, também investigado no caso das fraudes nos cartões de vacina de Jair Bolsonaro. Em uma das conversas, o general sugeriu que Moraes deveria ser preso no dia 18 de dezembro de 2022, um domingo, pelo comandante da Brigada de Operações Especiais de Goiânia.

Ao ser questionado sobre suas declarações, Vergílio negou ter executado ou planejado qualquer ato para monitorar ou prender o ministro. Ele explicou que apenas deu sua opinião sobre a necessidade da prisão para o retorno da normalidade institucional e a harmonia entre os poderes, ressaltando que não apoiou um golpe de Estado ao se mostrar favorável a uma “operação especial” liderada por Bolsonaro, afirmando que tal operação deveria ser realizada dentro da lei e da ordem, respaldada pela Constituição.

O ministro Alexandre de Moraes retirou o sigilo de todos os depoimentos prestados pelos investigados na operação que investiga a tentativa de golpe de Estado por Bolsonaro. A repercussão do depoimento do general da reserva Laercio Vergílio evidencia a gravidade das investigações em curso e a tensão política que envolve as instituições do país. A necessidade de respeito às leis e à ordem democrática fica em destaque diante das declarações de Vergílio e dos desdobramentos da investigação.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo