A CPI foi instalada no final de 2023 com o objetivo de investigar os danos ambientais provocados pela Braskem em diversos bairros de Maceió. A extração do sal-gema na região, utilizada na produção de soda cáustica e PVC, ocorre desde os anos 1970 nas proximidades da Lagoa Mundaú. Inicialmente realizada por outras empresas, como a DuPont, a atividade passou para a responsabilidade da Braskem em 2003, de acordo com o relator da CPI, senador Rogério Carvalho.
Além do depoimento de Alexandre Vidigal de Oliveira, a CPI também votará seis requerimentos durante a reunião. Três desses requerimentos são de autoria do senador Marcos Rogério e têm o objetivo de obter informações sobre os empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) à Braskem, convocar o diretor de Relações Institucionais do Grupo Novonor, Claudio Medeiros, e o ex-presidente da Braskem, José Carlos Grubisich, para depor na comissão.
Outro requerimento, de autoria do senador Otto Alencar, convoca Frederico Bedran Oliveira, que atuou em órgãos como o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e a Agência Nacional de Mineração (ANM), para prestar depoimento na CPI. Além disso, o relator da comissão, senador Rogério, convida o defensor público de Alagoas, Ricardo Antunes Melro, e o ex-procurador-geral do estado, Francisco Malaquias de Almeida Júnior, para depor como testemunhas.
A reunião da CPI da Braskem está marcada para acontecer na sala 2 da ala Nilo Coelho e promete trazer importantes esclarecimentos sobre o caso.