Empresas metalúrgicas de Osasco não atingem cota mínima de contratação de pessoas com deficiência, aponta pesquisa do Sindicato dos Metalúrgicos.

Um levantamento realizado com base nas empresas metalúrgicas da cidade de Osasco, localizada no estado de São Paulo, revelou que o setor não está cumprindo adequadamente a cota mínima de contratação de pessoas com deficiência, conforme exigido por lei. A pesquisa, realizada em dezembro de 2023 pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, contou com o apoio da Gerência Regional do Trabalho em Osasco e do Projeto de Inclusão da Pessoa com Deficiência no Mercado de Trabalho da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo.

De acordo com a lei 8.213/1991, empresas com mais de cem empregados são obrigadas a reservar de 2% a 5% de seus cargos para pessoas reabilitadas ou com deficiência. O descumprimento dessa norma pode acarretar em sanções para as empresas. No caso das 67 empresas de metalurgia analisadas, que empregavam um total de 17.314 trabalhadores, a reserva deveria ser de 541 vagas para pessoas com deficiência, no entanto, apenas 455 delas estavam preenchidas de acordo com a cota, o que representa 84,1% de cumprimento.

A pesquisa também apontou que das 67 empresas analisadas, 31 cumpriam integralmente a cota mínima, enquanto outras 11 estavam entre 67% e 99,9% de cumprimento. Por outro lado, 4 empresas não possuíam nenhuma pessoa com deficiência contratada. Além disso, o levantamento evidenciou que existe uma preferência por contratar pessoas com deficiências física e auditiva, em detrimento de deficiências intelectual, psicossocial e reabilitados.

Diante dessa situação, o Centro de Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) manifestou seu compromisso com a inclusão de pessoas com deficiência no setor industrial. A entidade, que representa oito mil indústrias no estado de São Paulo, afirmou que estimula a inclusão por meio de parcerias para a capacitação profissional, como a que mantém com o Senai-SP. O Ciesp também informou que pretende estudar a implantação de ações de orientação e incentivo sobre o tema junto às indústrias associadas para oferecer mais suporte nessa questão.

Portanto, os resultados da pesquisa indicam a necessidade de maior fiscalização e promoção de políticas inclusivas para garantir o cumprimento da lei de cotas para pessoas com deficiência no ambiente de trabalho. É fundamental que as empresas assumam sua responsabilidade social e contribuam efetivamente para a inclusão desses profissionais no mercado de trabalho.

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