Essa massa de ar quente, associada à alta pressão, inibe a formação de nuvens e comprime o ar, tornando-o mais quente e seco nas camadas mais baixas da atmosfera. É justamente essa combinação que está resultando na onda de calor que deve afetar o país nos próximos dias.
De acordo com a meteorologista Dayse Moraes, do Inmet, essa área de alta pressão atua como uma “tampa” na atmosfera, afastando a nebulosidade e deixando o tempo aberto. Além disso, esse sistema cria um bloqueio atmosférico que impede os sistemas frontais de avançarem, o que contribui para o aumento da radiação solar e das temperaturas.
Para ser considerada uma onda de calor, a temperatura precisa ficar 5°C acima da média por três a cinco dias e em uma grande área. Neste caso, o alerta do Inmet é laranja, mas pode ser atualizado para vermelho nos próximos dias, uma vez que a previsão é que o calor persista.
Apesar da intensidade dessa onda de calor, é previsto que ela não seja tão longa quanto as vistas no ano passado. A meteorologista alerta que, devido ao El Niño, as temperaturas elevadas podem continuar até pelo menos abril.
Na atual onda de calor, registraram-se temperaturas máximas em várias regiões do país, com destaque para Pão de Açúcar, em Alagoas, que atingiu 39,6°C. Para os próximos dias, São Paulo e outras cidades do interior devem enfrentar altas temperaturas, sem previsão de chuva.
Diante desse cenário, a população deve se manter informada e adotar medidas de precaução para lidar com o calor intenso e os riscos associados a ele. O Inmet continuará monitorando a situação e atualizando as previsões à medida que a onda de calor se desenvolve.