De acordo com informações do governo, os recursos serão distribuídos entre diversos ministérios responsáveis pelas ações na região, tais como Povos Indígenas, Justiça e Segurança Pública, Meio Ambiente e Mudança do Clima, entre outros. A maior parte do orçamento, no valor de R$ 455 milhões, será destinada ao Ministério dos Povos Indígenas, enquanto o Ministério da Defesa receberá R$ 309,8 milhões para empregar as Forças Armadas no apoio às ações emergenciais na área indígena, incluindo logística e outras medidas de proteção territorial.
A Terra Indígena Yanomami, a maior do país, está localizada na fronteira com a Venezuela e abriga bases militares para proteção. Além disso, o Ministério do Meio Ambiente receberá R$ 107 milhões, o Ministério do Desenvolvimento Social R$ 75 milhões, e outros ministérios valores menores.
Essa liberação de crédito ocorre após a inauguração da Casa de Governo em Roraima, destinada a coordenar as ações federais para enfrentar a crise humanitária na terra indígena e lidar com questões como a presença de refugiados migrantes venezuelanos no estado. Um relatório de associações indígenas indicou que, apesar da desaceleração do garimpo ilegal, as atividades criminosas continuam prejudicando o atendimento de saúde das comunidades, resultando em 363 mortes de indígenas ao longo do ano passado, principalmente devido a desnutrição e malária.
Essas medidas visam garantir a proteção e o atendimento das comunidades indígenas na região da Terra Indígena Yanomami, fortalecendo a presença do Estado e combatendo práticas ilegais que prejudicam a saúde e o bem-estar dessas populações.