Repórter São Paulo – SP – Brasil

Homem que sequestrou ônibus fugia do Comando Vermelho e confundiu passageiro com policial, diz PM em entrevista.

O criminoso Paulo Sergio de Lima, de 29 anos, foi preso em flagrante após manter 16 reféns em um ônibus na Rodoviária do Rio e atirar contra dois passageiros. O que chama a atenção é que ele estava com um pedido de prisão parado no cartório do Tribunal de Justiça por quase um ano, o qual foi realizado pelo Ministério Público do Rio após violar a tornozeleira eletrônica várias vezes.

Além disso, Lima já tinha sido condenado a 16 anos de prisão por homicídio em Minas Gerais, confessando o crime, mas alegando legítima defesa. Seu advogado informou que conseguiu mudar a acusação de latrocínio para homicídio, porém, Lima foi considerado réu primário e o júri decidiu que o crime foi por motivo fútil e meio cruel.

Mesmo com a condenação, o mandado de prisão de Lima não constava no BNMP, o que levanta questões sobre a eficácia do sistema de monitoramento. O criminoso cumpria pena em prisão domiciliar desde março de 2022 por progressão de regime, porém, depois de violar a tornozeleira eletrônica, ele deveria ter retornado ao regime fechado, mas isso não foi feito até o sequestro na rodoviária.

Somente após o episódio do sequestro é que o juiz decidiu reverter a prisão para o regime semiaberto, atendendo ao pedido da Promotoria. O delegado responsável pelo caso afirmou que Lima deve ser indiciado por porte ilegal de arma, tentativa de homicídio e sequestro, ressaltando que o criminoso já possuía antecedentes criminais por roubo e tráfico de drogas quando era menor de idade.

No momento, Lima está preso em flagrante e ainda aguarda por audiência de custódia. A situação do criminoso expõe falhas no sistema judiciário e evidencia a necessidade de aprimoramento nos processos de monitoramento de detentos em regime domiciliar. O caso também levanta questões sobre a capacidade do sistema de justiça em lidar com criminosos reincidentes e perigosos.

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