Censura literária no Brasil: uma sequência de burrices que põem em risco a liberdade de expressão e a cultura.

Em pleno século 21, a censura ainda se faz presente, mostrando que a estupidez humana persiste ao longo dos tempos. Recentemente, os romances “O Avesso da Pele”, de Jeferson Tenório, e “Outono de Carne Estranha”, de Airton Souza, foram alvos de sanções, demonstrando a resistência da burrice em certas esferas da sociedade.

Ambos os livros, aclamados pela crítica e com reconhecimento literário, foram alvos de medidas restritivas. “O Avesso da Pele”, uma obra que aborda a questão do racismo de forma sensível, foi recolhido de escolas públicas em três estados brasileiros devido a sua linguagem considerada inadequada para alunos do ensino médio, em uma clara demonstração de oportunismo político.

Já o livro de Souza, que trata da relação homossexual entre garimpeiros, enfrentou um revés ainda mais polêmico. Após uma leitura pública na Flip, a direção do Sesc decidiu cancelar a divulgação dos vencedores do prêmio do ano passado e demitir o curador, gerando uma crise que ameaça a parceria com a editora Record.

Esses episódios demonstram a persistência da estupidez e da censura, que, ao tentar proibir determinadas obras, acabam gerando um efeito contrário e até mesmo contribuindo para o aumento do interesse do público. A censura, além de ser burra, acaba boicotando a si mesma e reforçando a importância da liberdade de expressão.

É preciso repudiar de forma absoluta qualquer tipo de censura, pois o mal feito à liberdade é um crime que não pode ser relativizado. Enquanto os censores tentam controlar o que é dito e escrito, a sociedade continua a se deparar com atos de estupidez que comprovam a máxima de que toda censura é, de fato, burra. E é justamente essa resistência à censura que fortalece a importância da liberdade de expressão e da diversidade de narrativas no mundo literário.

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