Número de mortos por policiais militares na Baixada Santista sobe para 43 em supostos confrontos, incluindo policial morto – Secretário exonerado.

Nos últimos dias, a área da Baixada Santista, localizada no litoral do estado de São Paulo, tem sido palco de uma série de ocorrências envolvendo mortes causadas por intervenção policial. O número de vítimas fatais já chega a 43, desde o trágico episódio ocorrido no dia 2 de fevereiro, quando o policial militar Samuel Wesley Cosmo foi morto durante um patrulhamento em Santos.

As autoridades de segurança pública informaram que as polícias Civil e Militar lançaram uma operação para capturar os responsáveis pelo crime contra Cosmo, e desde então, uma série de confrontos armados tem sido registrada na região.

Na madrugada desta terça-feira (12), mais um incidente foi reportado no bairro Itararé, em São Vicente, onde policiais militares envolvidos em uma ação em resposta a uma denúncia anônima acabaram matando um homem. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o suspeito teria resistido à prisão e apontado uma pistola na direção dos agentes, o que resultou na ação letal por parte dos policiais.

Já na noite de segunda-feira (11), dois homens morreram em um suposto confronto com a polícia militar na região da Avenida Sambaiatuba, bairro Jóquei Club, em São Vicente. A polícia alega que os suspeitos estavam armados e teriam apontado suas armas na direção dos policiais, o que resultou em troca de tiros e na morte dos dois homens.

Além disso, outras ocorrências envolvendo a morte de suspeitos em confrontos com a polícia foram registradas nos últimos dias, aumentando assim a preocupação com a segurança na região.

Paralelamente a esses episódios, o secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, foi exonerado de seu cargo nesta terça-feira (12). Ele deixará temporariamente suas funções para reassumir o cargo de deputado federal e relatar um projeto de lei que visa extinguir as saídas temporárias de pessoas encarceradas.

A medida, que já foi aprovada pelo Senado mas aguarda nova análise na Câmara dos Deputados devido a alterações feitas pelos senadores, tem gerado debates e discussões sobre sua real eficácia no que diz respeito à ressocialização e reintegração dos presos à sociedade.

Dessa forma, a situação na Baixada Santista permanece instável, com o aumento do número de mortes em decorrência de confrontos com a polícia e decisões polêmicas no âmbito das políticas de segurança pública. O desafio de conciliar a manutenção da ordem e o respeito aos direitos individuais continua sendo uma questão a ser enfrentada pelas autoridades responsáveis.

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