Em meio a esse cenário preocupante, a Beacon School, localizada no Alto de Pinheiros, foi cenário de um caso de antissemitismo que gerou grande repercussão. Um grupo de pais pressionou a escola para adotar medidas mais enérgicas contra seis estudantes de 15 anos que teriam intimidado e ofendido um colega de turma de origem judaica. Os alunos teriam desenhado suásticas nos cadernos do menino, feito saudações nazistas e até reproduzido o hino da Juventude Hitlerista.
Diante da gravidade do caso, a direção da Beacon School decidiu suspender os alunos e abrir uma sindicância para apurar os fatos. Ao mesmo tempo, a Federação Israelita de São Paulo foi acionada para auxiliar na implementação de ações educativas na escola. O presidente da federação, Marcos Knobel, destacou a importância da educação e da conscientização para combater atos de discriminação.
A entidade já atua há dois anos em escolas que enfrentam casos de antissemitismo, promovendo palestras, aulas sobre nazismo, encontros com sobreviventes do holocausto e visitas a museus relacionados ao tema. Knobel ressalta a necessidade de envolver não apenas os alunos, mas também as famílias, na luta contra discursos de ódio.
Jacques Griffel, diretor da comissão de educação da Federação Israelita, destaca a importância de abordar temas sensíveis como o nazismo na educação brasileira. Ele relata casos de ofensas antissemitas até mesmo por parte de crianças pequenas e ressalta a necessidade de conscientização e aprendizado contínuo.
Diante da repercussão do caso na Beacon School, a escola afirmou em nota que está agindo com rigor e rapidez para lidar com situações discriminatórias, visando sempre promover a reflexão e a formação de cidadãos éticos e comprometidos com a construção de uma sociedade mais pacífica e igualitária.
